Buscar
Maranhão

Enfermeiros e técnicos da rede pública de Saúde realizam protesto em São Luís

Junior Castro

Enfermeiros e técnicos da rede pública de Saúde realizam protesto em São Luís

Profissionais da capital e do interior do estado se concentraram na frente do Ministério Público do Trabalho para dar apoio as reivindicações da categoria e acompanhar a audiência.

Eles são contrários a proposta do governo que quer aumentar a jornada de trabalho de 30 para até 44 horas semanais. A presidente do Sindicato dos Enfermeiros , Ana Léa, disse que a categoria reivindica também um número maior de profissionais nos postos de trabalho. Segundo ela, profissionais estão sendo demitidos e não está ocorrendo a substituição deles.

“Isso implica que cada trabalhador deverá trabalhar 2,5 meses gratuitamente para o governo por ano. Vai prejudicar porque já tem um grande número de pacientes por trabalhador e se aumentar a jornada, o trabalhador ainda vai ficar sobrecarregado”, explicou Ana Léa.

A categoria conseguiu adiar a mudança, que passaria a valer já neste mês de agosto em todas as unidades de Saúde do estado. Enfermeiros e técnicos reclamam das demissões, que segundo a categoria, pode comprometer o funcionamento dos hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

De acordo com a presidente do Sindicato dos Técnicos e Auxiliares de Enfermagem (Sindsaúde), Dulce Sarmento, os profissionais dizem que se a nova jornada for implantada, vai causar sobrecarga de trabalho.

“Esses trabalhadores estão sendo demitidos através dessa contenção de despesas. Como é que vai ficar o atendimento na base? Já é altamente sacrificado com a política ruim do governo que vem entrando nesse país e só quem é penalizado é o profissional da saúde e a população”

Não houve acordo na audiência entre os profissionais da enfermagem e o Ministério Público do Trabalho. Um novo encontro está marcado, também com representantes do governo do estado, para o dia 26.

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) disse que não há alteração na jornada de trabalho dos profissionais da enfermagem e informou que nenhuma medida adotada pelos institutos fere o contrato de trabalho assinado pela categoria e divulgado nos editais de seletivos e concurso público. A Secretaria afirmou ainda que a demissão de funcionários é pontual, sendo comum a contratação e desligamento de funcionários.