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Maranhão

Pobreza e falta de atenção básica afetam mortalidade infantil no Maranhão

Junior Castro

Pobreza e falta de atenção básica afetam mortalidade infantil no Maranhão

A falha do serviço público de atender a mulher antes da 12ª semana de gestação é um dos gargalos enfrentados pelo governo do Maranhão no combate a mortalidade infantil.

A ausência de atenção básica na saúde, especialmente no acompanhamento pré-natal, e a extrema pobreza das famílias têm dificultado na melhoria da expectativa de vida da população no estado.

De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Santa Catarina, foi o estado com a maior expectativa de vida (79,7 anos) e o Maranhão com a menor (71,1 anos).

No Maranhão, de cada 1.000 nascidos vivos, 19 bebês morrem antes de completar o primeiro ano de vida. É o segundo estado com maior índice de mortalidade infantil no país, segundo o IBGE. A taxa é superior à média nacional, que é de 12,4 para cada 1.000 nascidos vivos.

O analista do IBGE do Maranhão João Ricardo Costa Silva destaca que 53% da população maranhense é pobre, o que equivale a mais de 3,5 milhões de habitantes, dos 7 milhões de pessoas que moram no estado. Segundo o analista, faltam serviços como água potável, saúde e saneamento básico.

“Somente 8,3% dos municípios no Maranhão têm plano de saneamento básico, segundo o perfil dos municípios brasileiros. A expectativa de vida do maranhense tem melhorado lentamente, mas sem esgotamento sanitário as pessoas adoecem mais e isso tem impacto na qualidade de vida das pessoas”, disse João Ricardo. O Maranhão tem a menor renda domiciliar per capita do Brasil, de R$ 607 em 2018, de acordo com o IBGE.