Indígenas denunciam novas ameaças de madeireiros em área onde Paulino Guajajara foi morto
Índios da Terra Indígena Araribóia, no município de Amarante do Maranhão, localizado a 683 km de São Luís, denunciam que madeireiros continuam agindo na área e ameaçando as comunidades indígenas. A região é a mesma onde o líder indígena Paulo Paulino Guajajara foi morto no último dia 1º de novembro.
A ação dos madeireiros na região voltou a ser registrada 15 dias após a morte do líder indígena e do madeireiro Márcio Greykue Moreira Pereira, mortos no dia 1º de novembro, durante uma emboscada na Terra Indígena Araribóia.
O clima e de tensão e medo na reserva indígena, de acordo com o índio Flay Guajajara, um caminhão carregado com madeira, que havia sido retirada do território indígena após a emboscada, foi encontrado novamente na reserva.
Por se tratar de uma área federal, a fiscalização da região é feita pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Fundação Nacional do Índio (Funai) e a Polícia Federal.
De 2016 a 2019, 13 indígenas foram mortos em decorrência do conflito com madeireiros no Maranhão, segundo a SMDH. Em nenhum dos casos os criminosos foram punidos.