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Maranhão

Possível esquema de grilagem de quase mil hectares envolve o prefeito de São Félix de Balsas, funcionário da prefeitura e parentes

Redação

Possível esquema de grilagem de quase mil hectares envolve o prefeito de São Félix de Balsas, funcionário da prefeitura e parentes

Uma grave denúncia de grilagem de terras em São Félix de Balsas envolve o prefeito Márcio Pontes (PCdoB), parentes e amigos do gestor do município.

De acordo com moradores do município, que preferiram não se identificar com medo de represálias. O grupo político comandado por Márcio Pontes é suspeito de se apropriar de quase 1000 hectares de terras devolutas.

Documentos obtidos pela nossa reportagem, mostram comprovantes de pagamentos referentes a taxas do Instituto de Colonização e Terras (ITERMA), feitos pela empresa da atual primeira-dama do município, Janaina Eloá Machado Delazeri. O que mais chama atenção, é que alguns dos documentos, foram pagos para terceiros.

Como foi o caso da taxa do ITERMA, paga pela empresa da primeira-dama, para o irmão do prefeito, Arneldo José Dias Pontes, referente a 172 hectares de terras.

Outro fato que chama atenção, é referente a 151 hectares, para Luís Paulo Ananias Neiva, que aparece em um documento enviado ao ITERMA, como agricultor. Porém, ele é empresário e dono da empresa L.P.A Neiva, que já ganhou milhões em contratos na gestão de Márcio Pontes, apontado como um dos homens de confiança do gestor.

São quase mil hectares de terras, que foram divididos em nome de pessoas próximas ao prefeito. Confira abaixo:

– 200 hectares em nome da primeira-dama Janaina Eloá Machado Delazeri

– 172 hectares em nome do irmão do prefeito, Arneldo José Dias Pontes

– 50 hectares em nome de Heryn Camilly Martins França, casada com o irmão do prefeito

– 151 hectares em nome do empresário Luís Paulo Ananias Neiva, dono da empresa L.P.A Neiva

– 170 hectares em nome de Sandro Henrique Ananias Neiva, irmão do empresário e dono da empresa L.P.A Neiva

Diante de tudo isso, a população do pequeno município, segue sem acesso ao básico. A água vem diretamente do rio, que corta o município, sem nenhum tipo de tratamento.

A nossa reportagem procurou o presidente do Instituto de Colonização e Terras do Maranhão (Iterma), Anderson Ferreira, mas não obteve retorno.