CPI das Bets deve ouvir empresário maranhense apontado por senadora como um dos responsáveis pelo “joguinho do tigrinho” no Brasil
A CPI das Bets do Senado deve ouvir nesta terça-feira o empresário Fernando Oliveira Lima, conhecido como Fernandin OIG. A relatora da comissão, Soraya Thronicke (Podemos-MS), afirma que ele teria uma possível “associação” com o jogo de cassino online Fortune Tiger, popularmente chamado de “jogo do tigrinho”, no Brasil.
“Sua empresa, One Internet Group (OIG), é suspeita de facilitar operações de apostas online, o que levanta preocupações sobre possíveis práticas ilícitas e lavagem de dinheiro. A convocação de Fernando é essencial para esclarecer as operações de sua empresa e as estratégias adotadas para divulgar o jogo”, afirma a senadora.
O empresário pediu um habeas corpus ao STF para não ser obrigado a comparecer à CPI e, se decidir ir, ter o direito de permanecer em silêncio e não produzir provas contra si, além de ser acompanhado por advogado. A ministra Cármen Lúcia foi sorteada como relatora.
Relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) enviados à Polícia Civil de São Paulo mapearam movimentações suspeitas de mais de R$ 100 milhões envolvendo empresas ligadas a plataformas de apostas on-line, as chamadas bets. Entre os alvos, está a One Internet Group (OIG), apontada como representante do jogo Fortune Tiger, conhecido como Jogo do Tigrinho no Brasil.
Fernandin também é dono da OIG Gaming Brazil Ltda., que obteve aprovação do Ministério da Fazenda para operar três sites de bets.
Em um comunicado nas redes sociais, a OIG afirma que as acusações sobre o envolvimento com o Jogo do Tigrinho tratam-se de “fake news” e que a representação do jogo pertence a outra empresa. A empresa afirma que atua na busca por melhores práticas “em respeito ao jogador”.
O empresário Fernando Oliveira Lima, conhecido como Fernandin OIG, é natural de Dom Pedro no Maranhão, e atualmente mora em Teresina no Piauí.