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Brasil

Bolsonaro diz que pediu para segurar o preço do diesel

Junior Castro

Bolsonaro diz que pediu para segurar o preço do dieselFoto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira (12) em Macapá (AP) que pediu que  a Petrobras segurasse o preço do diesel até que a estatal apresente planilhas que justifiquem um eventual aumento. O presidente diz ainda não ter tido acesso aos dados. 

— Na terça-feira convoquei todos da Petrobras para me esclarecer porque 5,7% de reajuste quando a inflação projetada para este ano está em 5%. Só isso e mais nada. Se me convencerem tudo bem. Nós daremos a resposta adequada para vocês. Não sou economista, já falei. Mas os entendidos afundaram o Brasil. E eu estou preocupado também com o transporte de carga no Brasil. Com os caminhoneiros que movimentam as riquezas de norte a sul e de leste a oeste e que têm que ser tratados com o devido carinho. Nós queremos um preço justo para o óleo diesel. 

A Petrobras voltou atrás e desistiu de aumentar o preço do diesel a partir desta sexta-feira (12). O comunicado foi feito na noite de quinta (11). O aumento chega nas bombas e impactaria o bolso dos brasileiros. Bolsonaro falou ainda da incidência de impostos sobre os combustíveis. 

— Nós sabemos que a Petrobras não é minha. É do povo brasileiro. Eu quero conversar com eles sobre esse percentual, sobre a política de preços, quanto custa um barril de petróleo tirado aqui, quanto custa lá fora. Eu quero saber o custo final. E o ICMS é altíssimo. Então tem que cobrar de governador também, não é só do presidente da República não. Cada vez mais impostos altos, temos que ver de quem é a responsabilidade e o Brasil não pode ficar com essa política de preços altos. Mas não pelo canetaço e nem pela imposição do chefe do Executivo. 

Desde março deste ano, o preço do diesel é reajustado em períodos maiores do que 15 dias. A alta dessa sexta seria a maior desde que o presidente da República, Jair Bolsonaro, e o presidente da petroleira, Roberto Castello Branco, assumiram os cargos. Até então, a maior alta havia sido de 3,5%, registrada em 23 de fevereiro. Com exceção desses dois casos, os preços variaram em intervalos de 1% a 2,5%.