Governo Bolsonaro inclui Parque dos Lençóis Maranhenses no plano de privatização
O governo federal anunciou em Brasília na quarta-feira (21) que o Parque dos Lençóis Maranhenses, que é uma unidade de conservação brasileira de proteção integral à natureza, será incluído no plano de privatização. O anúncio foi feito no Palácio do Planalto após uma reunião do presidente Jair Bolsonaro com o conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).
Os Lençóis Maranhenses é conhecido por ser um dos portais turísticos mais importantes do Maranhão. Situado a 252 km de São Luís, o local é bem estruturado para receber os visitantes, a cidade é cercada pelas águas escuras do rio Preguiças – que leva o nome por causa da presença do simpático bicho-preguiça.
Além do rio Preguiças, os visitantes ainda podem contemplar as dunas e as lagoas naturais que são formadas pela combinação da água das chuvas e pela elevação dos lençóis freáticos.
Atualmente, o Parque dos Lençóis Maranhenses é monitorado por meio do voucher digital, que é um dispositivo que controla o acesso de turistas e ainda permite que o município arrecade investimentos que fazem a gestão da unidade de conservação.
A tecnologia reúne todos os dados do visitante que passeia pelo local como a origem, o destino, o tempo de permanência no parque, a agência de viagens a qual ele está vinculado e ainda o hotel onde está hospedado. Com isso, o visitante passa por um scanner e os dados são compartilhados em tempo real pelos operadores do sistema.
Segundo a secretária de Turismo de Barreirinhas, Virlene Alfonso, recentemente a atual gestão do Parque dos Lençóis Maranhenses foi trocada e busca melhorias por meio de parcerias. Ela também acredita que a privatização deve ser documentada de forma correta.
“Recentemente o diretor do parque nacional foi trocado e fez uma reunião na prefeitura com a gente. A reunião foi muito boa, ele busca a junção do poder público com o ICMBio e estamos esperançosos que bons dias virão com a chegada dele. Sobre uma possível privatização vai depender da documentação e de como for redigido. Não sabemos se ocorrerá uma concessão e se o poder público vai incluir a mão de obra local, o pessoal do turismo que já está trabalhando aqui. Tudo isso tem que ser muito bem documentado”, finalizou.