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Acusado de homicídio é condenado em Tutóia

O juiz Marcelo Fontenele Vieira, titular da 1ª Vara da Comarca de Araioses e respondendo por Tutóia, presidiu na última semana uma sessão do Tribunal do Júri. O réu foi Renato Araújo Martins, acusado de prática de homicídio simples que teve como vítima Marcelo Diniz Souza, vulgo ‘Marcelo Perninha’. Ao final da sessão, Renato foi considerado culpado pelo conselho de sentença e recebeu a pena definitiva de nove anos e seis meses de prisão, a ser cumprida, inicialmente, em regime fechado.

A denúncia destacou que, em 6 de novembro de 2020, por volta das 9h, no Povoado Comum, próximo à Granja do Carlão, localidade de Tutóia, o denunciado Renato Araújo Martins, conhecido como ‘Carecão’, ceifou a vida de Marcelo Diniz Sousa, o ‘Marcelo Perninha’. O acusado teria matado Marcelo a golpes de faca e por motivo fútil. De acordo com o apurado, a vítima saiu de casa para comprar uma chave “L”, no intuito de consertar uma motocicleta, e encontrou no caminho o vizinho Renato Diniz.

Na ocasião, os dois seguiram juntos em direção à rodovia, mas, meia hora depois, a esposa de Marcelo Perninha, Elenita, recebeu a informação de que seu marido foi encontrado morto, com vários golpes de faca, há cerca de 500 metros de casa. Ela foi informada, ainda, que Carecão foi avistado correndo em direção ao mangue, com um facão na mão. Posteriormente, no dia seguinte ao crime, a guarnição da Polícia Militar e Bombeiros recebeu a notícia de que o denunciado estava no telhado de um ponto comercial, no centro da cidade de Barreirinhas, ameaçando cometer suicídio.

CONFESSOU O CRIME

Na ocasião, Renato estava visivelmente transtornado, gritando que havia tirado a vida de uma pessoa no dia anterior e jogando pedaços de telhas em direção às guarnições, pedindo para que não se aproximassem. Após muita negociação, os agentes conseguiram retirar o denunciado de cima do telhado e o conduziram à Delegacia de Polícia. Durante o inquérito policial, Renato Martins confessou a prática delitiva, alegando que estava caminhando com Marcelo Perninha quando, em certo momento, ele teria tentado pegar sua faca, razão pela qual o golpeou várias vezes.

Seguiu narrando que, depois de cometer o crime, saiu correndo pela mata e andou sem destino, até chegar na cidade Barreirinhas. Em seguida, tentou suicídio, não por remorso, mas por temer ser humilhado e torturado pelos familiares da vítima. A sessão de julgamento ocorreu no auditório da Secretaria de Educação do Município de Tutoia. Atuaram no julgamento, além do juiz, o promotor de Justiça Fernando José Alves Silva, na acusação, e o defensor Fernando Brito do Amaral, na defesa de Renato.

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