Diagnosticado com transtorno delirante persistente, Adélio Bispo de Oliveira não toma medicamentos e se recusa a receber tratamento psiquiátrico na penitenciária federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
O advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, que defende o esfaqueador do presidente da República, Jair Bolsonaro, declarou:
“Ele se recusa a tomar qualquer remédio desde que deu entrada aqui, mas isso será feito mesmo contra a vontade do meu cliente, agora que temos o diagnóstico.”
O autor da facada no então candidato à Presidência foi preso em flagrante no dia do atentado, 6 de setembro do ano passado, e transferido dois dias depois de Juiz de Fora, onde ocorreu o crime, para o presídio na capital de Mato Grosso do Sul.
O advogado Oliveira Júnior diz que a partir de agora a questão deixa de ser jurídica para se tornar oficialmente médica. O defensor explica que o tratamento involuntário será feito com base na Lei 10.216/2001.
“Nos primeiro meses ele não falava nada, com absolutamente ninguém. A exceção eram os advogados de defesa, durante entrevistas no parlatório. Fora isso, nada”, revelou um agente que pediu para não ter o nome revelado, segundo a revista Época.
Adélio Bispo é absolvido de facada em Bolsonaro por ter doença mental
O juiz federal Bruno Savino, da 3ª vara da Justiça Federal em Juiz de Fora (MG), absolveu Adélio Bispo de Oliveira, de ter dado uma facada no presidente Jair Bolsonaro (PSL), durante ato de campanha em Juiz de Fora, em setembro de 2018. A absolvição foi de modo impróprio, porque o agressor sofre de transtorno delirante persistente , segundo pareceres médicos da defesa de Adélio e de peritos escolhidos pela acusação, que o torna inimputável. Ou seja: não pode ser punido criminalmente. O juiz converteu a prisão preventiva em internação por tempo indeterminado.