Aliado do secretário de Saúde do MA criou empresa recente e já ganhou quase R$ 3 milhões em contratos no Hospital Regional de Barra do Corda
Flávio Dino e Carlos Lula entregaram, nesta segunda-feira (31), o Hospital Regional de Barra do Corda. Além da população que irá ser beneficiada, um médico do município nomeado como diretor clínico do novo hospital, já fatura milhões em contratos, muito antes da inauguração. Ele é um dos aliados do secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Lula no município.
Trata-se do atual pré-candidato a deputado federal, Adriano Brandes, dono de uma empresa que já fatura cifras milionárias dos cofres da Saúde, meses após ser criada. De acordo com dados da Receita Federal a nova empresa de Brandes e de sua esposa que também é sócia, Dra. Tarcila, a Central Médicos LTDA foi aberta em 27/07/2021 e já fechou quatro contratos por dispensa de licitação no valor de R$ 2.643.900,00 através da Secretaria de Saúde do Maranhão.
Apesar da licitação ser um processo administrativo que visa assegurar a igualdade de condições a todos que queiram realizar um contrato com o poder público, que estabelece formas para selecionar a proposta mais vantajosa para gestão. Neste caso, a única que teve vantagem foi a empresa de Dr. Adriano, que não teve competição.
Entre os serviços oferecidos pela contratante, estão a prestação de serviços de saúde em cirurgia geral, para atender as necessidades do Hospital Regional de Barra do Corda, entre outros.
Não é a primeira vez que o secretário Carlos Lula é suspeito de favorecer uma empresa, ele foi alvo de uma investigação da Polícia Federal e da CGU (Controladoria-Geral da União), a qual aponta que Lula também favoreceu o Instituto de Desenvolvimento e Apoio à Cidadania (IDAC), em uma dispensa ilegal de licitação para implantação, custeio e gestão da Unidade de Pronto Atendimento de Chapadinha.
Com base nas investigações, a Procuradoria Regional da República da 1ª Região (PRR-1) quer que Carlos Lula seja condenado por fraude e dispensa ilegal de licitação, em concurso material, e à reparação aos cofres públicos no valor dos danos causados. Se condenado, além de pagamento de multa, o secretário de Saúde do Maranhão pode também pegar até nove anos de prisão.