A inspeção incluirá a análise da presidência, vice-presidência, corregedoria estadual, gabinetes dos desembargadores, unidades judiciais e cartórios de registro e tabelionato. A iniciativa será coordenada pelo desembargador Arnoldo Camanho de Assis e pelo juiz Lizandro Garcia Gomes Filho, ambos do Tribunal de Justiça do Distrito Federal.

De acordo com a portaria do CNJ, o relatório final da inspeção deverá tramitar sob segredo de Justiça. Durante o processo, ao menos um juiz e um servidor do Judiciário estadual, com conhecimento sobre o funcionamento dos serviços, acompanharão a ação e fornecerão as informações requisitadas pela equipe da Corregedoria do CNJ.

A equipe terá acesso irrestrito aos sistemas judiciais e administrativos do TJ-MA, incluindo dados sigilosos, e ao menos uma sala no Palácio da Justiça Clóvis Beviláqua será disponibilizada, equipada com computadores conectados à internet e impressora para análise e cópia de documentos.

As atividades jurisdicionais e administrativas do TJ-MA deverão seguir normalmente durante o período da inspeção.

Embora a participação não seja obrigatória, o presidente do TJ-MA, desembargador Froz Sobrinho, e o corregedor-geral de Justiça do Maranhão, desembargador José Luiz de Almeida, poderão se envolver na ação, caso desejem. O procurador-geral de Justiça, Danilo de Castro, presidente da OAB-MA, Kaio Saraiva, e o defensor público-geral do Estado, Gabriel Furtado, também poderão participar, se convidados.

Ainda no primeiro semestre de 2025, tribunais e serventias de outros estados serão submetidos a inspeções semelhantes. Quando a Corregedoria Nacional identifica irregularidades, pode instaurar sindicâncias investigativas para apurar fatos graves apontados nos relatórios.