Dino volta à cadeira de juiz no STF e herda caso contra Juscelino Filho atual ministro de Lula
Quase 18 anos depois de trocar a toga pela política, o senador Flávio Dino, 55, retorna hoje à magistratura ao assumir a cadeira de ministro do Supremo Tribunal Federal. No cargo, deverá participar dos julgamentos que pode levar à prisão autoridades envolvidas no 8 de janeiro e cuidar da investigação que mira um ex-colega de Esplanada.
Flávio Dino assume a cadeira deixada pela ministra Rosa Weber, que se aposentou em setembro do ano passado, e se tornará o “novato” do tribunal. Ele herda um acervo de 340 processos, sendo o principal a investigação contra o ministro das Comunicações, Juscelino Filho.
A investigação mira supostos desvios de emendas parlamentares à Prefeitura de Vitorino Freire, no Maranhão, comandada pela irmã de Juscelino, Luanna Rezende.
A apuração estava sob comando de Roberto Barroso, que no ano passado decretou o bloqueio de R$ 835 mil em bens de Juscelino. Ao assumir a presidência, Barroso repassou o caso para o acervo de sua antecessora, Rosa Weber, que deixou a investigação para Dino ao se aposentar.
A interlocutores, Dino desconversa sobre a possibilidade de se declarar suspeito para cuidar do processo. Se isso ocorrer, a investigação deverá ser redistribuída entre os nove ministros restantes, excluindo Dino e Barroso, que ocupa a presidência da Corte.