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Distribuição de merenda escolar é suspensa para famílias carentes em Estreito, após denúncia de candidato

A política em Estreito teve mais um episódio de perseguição e covardia na tarde desta quinta-feira (29), uma denúncia irresponsável, feita por um candidato a prefeito, terminou por suspender a entrega de cestas básicas oriundas da merenda escolar no município.

Desde abril por conta da pandemia do coronavírus, as aulas presenciais foram suspensas, entretanto, o recurso que é enviado pelo Governo Federal para os municípios, para compra de merenda escolar, continua sendo depositado normalmente, e através da Lei 13.987/20 foi definido que os produtos utilizados no preparo da merenda escolar, devem ser distribuídos em kits para as famílias dos estudantes.

Ocorre que diante ao período eleitoral, e a sede pelo poder, inúmeras denuncias tem sido feitas no sentido de prejudicar a população, sob a alegação de que existe compra de votos por parte do poder público municipal, exatamente por conta da distribuição destes kits para as famílias dos estudantes.

A situação de perseguição e desrespeito ao mais humilde parece ser comum para alguns candidatos, que preferem ignorar a crise mundial e compreenderem que aqueles alimentos distribuídos as famílias ajudam no sustento daquela casa.

Alias, parece que é recorrente a perseguição em alguns setores como no da educação, dias atrás, em outro episódio um candidato pediu ao judiciário que suspendesse o reajuste concedido aos professores, sob a mesma alegação, intenção de compra de votos. Percebendo o tamanho do erro, diante a revolta dos professores, o advogado da coligação imediatamente protocolou um aditamento da ação, solicitando que tal pedido fosse retirado do processo em uma clara atitude de arrependimento e vergonha.

No episódio de hoje, os kits que seriam distribuídos para os alunos e estão guardados em escolas, foram tratados pelo candidato denunciante como “comida para comprar voto”. Ainda, alegou o denunciante que não importaria a finalidade dos kits, mesmo que para “matar a fome” de alguns, não deveriam ser distribuídos, pois prejudicaria o candidato denunciante eleitoralmente, visto que o atual gestor apoia Dr. Cassio no município nesta eleição.

A Prefeitura de Estreito, através da Secretaria de Educação, foi surpreendida com uma fiscalização do senhor Promotor de Justiça na tarde desta quinta-feira em uma das escolas. O promotor seguindo estritamente o fiel cumprimento de seu trabalho foi verificar se os Kits seriam mesmo para distribuição atendendo as famílias e na ocasião realizou a apreensão de alguns Kits para posterior investigação e esclarecimento dos fatos.

Diante a tantas denúncias feitas por quem disputa o cargo de prefeito no município com a única intenção de prejudicar a população carente de Estreito, o poder público deve se posicionar de alguma forma. Portanto, foram suspensas por decisão do executivo a entrega dos Kits até que o Ministério Público apure e autorize de forma expressa a distribuição.

Em entrevista, o Secretario de Educação do Município, Antônio Gregores, afirmou que a medida visa dar maior transparência ao procedimento de apuração do Ministério Público, pois, é praticamente diária as denuncias envolvendo situações que não tem nenhuma ligação com questões eleitorais.

“Lamento muito que um forasteiro, chegue em nossa cidade e persiga a todo tempo nosso povo, tirando assim o direito das pessoas de receberem o alimento que é delas por direito. Enquanto não for apurado e relatado que não existe nenhuma irregularidade, respeitaremos os órgãos de fiscalização, evitando assim maiores problemas e situações que possam aparentar qualquer falta de transparência, pois não existe, estamos apenas entregando ao povo o que é do povo.”

A disputa política para algumas pessoas pode superar até mesmo a necessidade, pois, um Kit na mesa do trabalhador faz uma grande diferença.  

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