Uma operação envolvendo as Policia Civil, Policia Rodoviária e o Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) do Piauí prendeu quatro pessoas suspeitas de envolvimento no roubo de cargas em vários estado do Brasil. A polícia descobriu o esquema depois da apreensão de um caminhão com parte de uma carga roubada no Maranhão.A
Segundo informações da Polícia Civil, a primeira prisão ocorreu na sexta-feira (15) em Caxias, após fiscalização de rotina na BR-316 em que se constatou transporte de carga roubada. Nesta ação foram presos Francisco da Silva Coelho Filho e Luis Carlos da Silva Coelho que conduziam caminhões com cargas de leite roubadas em Imperatriz, no Maranhão.
Francisco Coelho indicou um galpão em Caxias (MA) onde se apreendeu uma carga de café roubada em Minas Gerais. As diligências avançaram para Teresina (PI) onde foi apreendida em uma empresa, uma carga de leite e café roubada. Nesta empresa foi preso por receptação Francisco de Assis Costa Filho.
Já na manhã de sábado (16) foi apreendida uma carga de leite na Distribuidora DN em Timon, no Maranhão. Essa carga havia sido roubada há cerca de 10 dias. Foi feita também uma apreensão no Atacadão do Bosco situado na Avenida Presidente Kennedy em Teresina onde se apreendeu o restante da carga de leite que havia sido roubada em Imperatriz (MA). Nesta empresa foi preso por receptação o advogado Regis Gomes Noronha Mota, que é o responsável pelo estabelecimento.
Uma das coisas que chamou a atenção, foi o fato do advogado Regis Gomes ter dado uma BMW em troca da carga roubada.
“O advogado trocou essa mercadoria em um BMW, para receber R$ 110 mil em café, que possivelmente é de origem ilícita, porque ele trocou com a mesma pessoa que vendia os produtos roubados. Será feita uma investigação para apurar isso. A BMW já sabemos onde está, que não é no Piauí. Vamos pedir um mandado de busca e apreensão”, disse o delegado Daniel Pires.
O delegado Daniel Pires explicou que é importante identificar os responsáveis pelos roubos e as vendas da carga. Ele destacou que os empresários compravam mercadorias sem qualquer nota fiscal, mas que isso não significa que se trata de uma quadrilha especializada. Somente com o andamento da investigação será possível descobrir qual a real participação desses empresários no roubo das cargas.
“Não posso dizer isso [que os empresários participam da quadrilha]. No momento, só que eles não se cercaram na obrigação necessária quanto a compra de carga. Se eu sou dono de um comércio, eu tenho que desconfiar se tem uma pessoa vendendo um produto sem nota fiscal e em grande quantidade. Então, eles como comerciantes, tinham que perceber que eram de origem ilícita”, disse o delegado.