A Equatorial Maranhão, antiga Cemar, pode responder criminalmente pela morte da idosa, Josefa Maria da Conceição, de 92 anos, que fazia o uso de equipamentos para respirar, morrendo logo após ter o fornecimento de energia cortada em Imperatriz (MA).
O Ministério Público do Maranhão (MP-MA) vai investigar o caso e trabalha com três hipóteses de investigação. Para isso, foram solicitados o laudo do corpo da vítima para o Instituto Médico Legal (IML) e o prontuário médico, que foi feito quando a idosa deu entrada no Hospital Municipal de Imperatriz (Socorrão) um dia antes de falecer.
De acordo com o Joaquim Júnior, promotor de justiça da pessoa idosa, caso o laudo médico comprove que o estado de saúde da idosa tenha sido agravado pela falta de energia, a Equatorial Maranhão, empresa responsável pelo fornecimento, pode ser responsabilizada criminalmente.
“Ainda que o falecimento não tenha se dado exclusivamente por conta do corte, mas se esse corte no fornecimento de energia agravou de algum modo o estado de saúde dessa idosa e isso tenha levado a uma piora e consequentemente a morte, isso por si só já seria suficiente para que se responsabilizasse a empresa por essa morte. E também para que a empresa também sofresse algumas penalidades tanto na esfera cível, quando na esfera administrativa e quicá os seus dirigentes, caso haja dolo ou culpa é criminal”, disse o promotor.
A família da idosa culpa a companhia de energia pela morte da idosa, já que ela precisava de nebulização para tratar seus problemas de saúde.
Manoel João Santana, genro da idosa, alega que a conta de energia estava com menos de 30 dias de atraso e que só havia recebido o reaviso de vencimento no dia em que o caso aconteceu.