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Flávio Dino diz que plano contra Moro e autoridades era “um ataque nacional”

Redação

Flávio Dino diz que plano contra Moro e autoridades era “um ataque nacional”

O ministro da Justiça, Flávio Dino, deu mais detalhes da operação da Polícia Federal, que desarticulou um plano feito pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) de sequestrar e matar servidores públicos e autoridades, incluindo o ex-juiz e senador Sergio Moro (União Brasil/PR) e o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que integra o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco).

De acordo com o ministro, embora a operação tenha sido iniciada por cinco estados, foi identificada a intenção de um “ataque nacional”, “uma ação de intimidação em relação ao conjunto de autoridades públicas. Uma ação que tem porte terrorista, no sentido de intimidar o poder estatal”, ressaltou o ministro em entrevista coletiva.

O número de alvos que o PCC pretendia atacar também pode aumentar de acordo com a análise de documentos e informações que surgirão a partir da Operação Sequaz. “Até agora temos identificados que eles tinha quatro ou cinco alvos, mas esse número vai aumentar”, analisou Dino.

Os mandados de prisão e busca e apreensão são cumpridos, nesta quarta, em cinco unidades da Federação: Rondônia, Paraná, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e São Paulo. De acordo com as diligências da PF, os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea, e os principais investigados estão nos estados de São Paulo e Paraná. Nove pessoas foram presas.

A polícia começou pelo Paraná e por São Paulo por ter identificado uma possível ação imediata do PCC contra os alvos, mais especificamente, o ex-juiz Sérgio Moro.

“O senador Moro era um dos alvos possíveis. E havia outras autoridades. Chamou a atenção o fato de já haver montagem de estruturas para perpetuação de crimes no Paraná. Por isso, parte da operação foi realizada lá. Havia paredes falsas sendo preparadas em casas, que poderiam ser para armazenar armamentos ou guardar pessoas. Aparentemente, essa organização criminosa é nacional. Um movimento de retaliação”, completou Dino.