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Maranhão

Flávio Dino volta atrás e oferta cloroquina para o tratamento da Covid-19 no Maranhão

Redação

Flávio Dino volta atrás e oferta cloroquina para o tratamento da Covid-19 no Maranhão

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), apesar de criticar recentemente o uso da cloroquina, voltou atrás e vai ofertar através da Secretaria de Estado da Saúde (SES), a cloroquina para tratamento de pacientes leves com Covid-19.

A medida contempla pessoas com comorbidades, sem doença cardíaca, do 1º até o 5º dia de infecção do vírus. Orientado pela comunidade científica, o protocolo consiste em um kit de fármacos que combinam Hidroxocloroquina, Azitromicina, um corticoide, vitaminas C e D, além de remédios para febre e dores, como paracetamol e dipirona.

Desde a última terça-feira (12), O Ambulatório de Covid-19 do Hospital Dr. Carlos Macieira utiliza o protocolo. “Estamos recebendo os pacientes na fase inicial da doença, com sintomas leves, oriundos das Unidade de Pronto Atendimento (UPAS) e que possuem comorbidades tais como pressão alta, diabetes, entre outras. Aqui o paciente passa por criteriosa avaliação médica e realiza o exame de eletrocardiograma, para assim receber o kit. Os pacientes são informados da reação adversa e os que querem, levam o kit para tratamento em casa”, explicou o diretor geral do Hospital, Edilson Medeiros.

O médico Rodrigo Lopes, assessor especial da SES, ressalta que estudos recentes mostraram que o uso combinado dos fármacos Hidroxicloroquina + Azitromicina na fase mais grave e moderada da doença não possuía comprovação de sua eficácia. “Hoje as discussões são entorno do uso precoce dessa medicação para pacientes com sintomas leves e na fase inicial da doença, por isso o Maranhão, assim como outros estados, vem adotando o uso desse kit, na fase inicial da doença – principalmente nos grupos de risco, desde que com criteriosa avaliação do paciente e aceitação do mesmo em tomar a medicação”, explicou o médico.

No Maranhão, a Secretaria de Estado da Saúde recomendou  o uso da cloroquina e hidroxicloroquina para tratamento dos pacientes com Covid-19, desde o início do atendimento aos casos na rede pública estadual. Apesar de já ser usada há bastante tempo para tratamento de malária e outras doenças reumatológicas, por exemplo, a Hidroxicloroquina possui efeitos colaterais como qualquer outra medicação.

“Um pequeno grupo de pacientes pode apresentar problemas cardiológicos, oculares, por exemplo, por isso o uso precisa ser monitorado. A população não deve fazer o uso dessa medicação sem receita e monitoramento médico, pois existe um risco. O ideal é que o paciente não tenha doenças cardíacas, mas somente o médico pode fazer essa avaliação”, ressaltou Rodrigo Lopes.

De acordo com o último boletim divulgado SES na noite deste domingo (18), subiu para 13.238 o número de pessoas com Covid-19 e para 576 as mortes pela doença no estado. Dos pacientes em tratamento, 8.514 estão em isolamento domiciliar, 892 internados em leitos de enfermaria e 375 em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

Mais de 3,2 mil casos seguem sob suspeita das autoridades de saúde do Maranhão. Ao todo, pouco mais de 12 mil já foram descartados e 25.338 testes para a doença já foram realizados no estado. O Maranhão também chegou a 2.881 pessoas curadas do novo coronavírus.