Governo do Maranhão recua e veta agora presença da torcida no estádio na final do Estadual
O Governo do Maranhão recuou e decidiu proibir a presença da torcida no Estádio Castelão para a final do campeonato estadual, marcada para este domingo, dia 16. Com isso, a partida entre Sampaio Corrêa e Moto Club não terá público, contrariando a determinação inicial de presença de seis mil torcedores já vacinados contra a covid-19 ou com teste negativo para o novo coronavírus com menos de 48 horas. A final do Campeonato do Maranhão, portanto, será sem torcida.
A decisão foi tomada em reunião com representantes das Secretarias de Esportes e Lazer (Sedel), Saúde (SES), Segurança Pública (SSP), Governo (Segov), Polícia Militar (PM), Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA), Vigilância Sanitária Estadual; e representantes dos clubes Sampaio Corrêa, Moto Clube e da Federação Maranhense de Futebol (FMF).
De acordo com a versão oficial, a restrição de público foi adotada em função da transmissão da final pela TV Mirante, em canal aberto, às 10h deste domingo. “As autoridades sanitárias estaduais já haviam elaborado todo o protocolo para a realização do evento-teste que aconteceria no domingo. Já havíamos tido reuniões com a PM, Corpo de Bombeiros e outros órgãos que participariam do evento. Surgiu essa possibilidade ímpar, que foi a da transmissão ao vivo da partida pela TV Mirante, afiliada da Rede Globo, para todo o Maranhão. Diante dessa oportunidade seria mais interessante optarmos pela transmissão, já que alcançará um universo muito maior de torcedores”, afirmou o secretário de Esporte e Lazer, Rogério Cafeteira, o mesmo que tinha defendido um dia antes a abertura dos portões.
Por outro lado, a abertura do estádio para o público recebeu inúmeras críticas em função do momento da pandemia no Estado do Maranhão. Embora alguns índices apresentem tendência de queda nos últimos dias – a ocupação de leitos de UTI na rede estadual é de 67% -, outros indicadores ainda preocupam as autoridades sanitárias. Apenas 15% da população do Estado foi vacinada, por exemplo. De acordo com os epidemiologistas, a presença de público poderia gerar aglomerações, o que poderia acelerar novamente o aumento de casos de covid-19.
Este seria o primeiro grande evento esportivo com público pagante desde o início da pandemia no País. A exceção foi a final da Copa Libertadores, realizada no Rio, no mês de janeiro, que contou com 10% da capacidade do público no Maracanã. A decisão entre Palmeiras e Santos, no entanto, não teve torcedores pagantes, apenas convidados e profissionais envolvidos na realização da partida.