Homem que tentou matar advogada em Porto Franco com bomba era ex-namorado e foi preso na Paraíba

A Polícia Civil da Paraíba prendeu, na manhã desta terça-feira (8), no Centro de João Pessoa, um homem suspeito de tentar matar a ex-namorada com uma bomba caseira no interior do Maranhão.
O caso é investigado pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e a prisão foi confirmada pelo delegado Rafael Bianchi.
De acordo com as investigações, o suspeito é policial penal do Maranhão e não aceitava o fim do relacionamento com uma advogada. No dia 11 de janeiro deste ano, ele teria colocado um artefato explosivo embaixo do carro da mulher, em Porto Franco, na região Sul do Maranhão.
Quando ela chegou em casa e estacionou o veículo, percebeu um volume estranho debaixo do carro e conseguiu identificar que se tratava de um tipo de explosivo. A Polícia Militar foi acionada e a bomba foi detonada de forma controlada, sem deixar feridos.
Uma equipe foi enviada de São Luís, no Maranhão, para Porto Franco, para realizar a explosão do artefato. De acordo com a Polícia Civil do Maranhão, o artefato era um explosivo ativo que continha pólvora, munição e combustível, e era projetado para detonação remota.
Ainda segundo o delegado, a bomba foi construída de forma artesanal pelo próprio suspeito.
Ele não aceitava o término da relação, o que, para a polícia, caracteriza uma tentativa de feminicídio.
A Justiça do Maranhão expediu um mandado de prisão temporária contra o suspeito, que fugiu do estado logo após o crime. A investigação apontou que ele havia se escondido na cidade de João Pessoa, onde não possui nenhum familiar. A Draco iniciou investigações e, há cerca de 10 dias, conseguiu localizá-lo.
Nesta terça-feira, os policiais identificaram o imóvel onde o suspeito estava morando e realizaram a prisão. Ele ainda dormia no momento da abordagem e, segundo a polícia, não foi encontrado com nenhuma arma.
O homem passará por audiência de custódia ainda nesta terça-feira (8) e deverá ser reconduzido ao Maranhão, onde responderá pelas acusações.