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Maranhão

Júnior do Nenzim irá a júri popular pela morte do pai no mês de outubro em São Luís

Redação

Júnior do Nenzim irá a júri popular pela morte do pai no mês de outubro em São Luís

O juiz José Guimarães Júnior, do Tribunal do Júri de São Luís, marcou para o dia 9 de outubro o julgamento de Manoel Mariano de Sousa Filho, o ‘Júnior do Nenzim’, acusado de participar da morte do pai, o ex-prefeito de Barra do Corda, o ‘Nenzim’.

O caso aconteceu na manhã do dia 06 de dezembro de 2017, quando ‘Nenzim’ foi assassinado com um tiro no pescoço, na zona rural de Barra do Corda, na região Central do Maranhão.

De acordo com as investigações, no dia do crime o filho de “Nenzim”, Mariano Filho, estava junto ao pai e não havia mais ninguém no local do crime. Além disso, após a morte de Mariano de Sousa o veículo em que os dois estavam não seguiu direto para o hospital, o que tornou o filho dele ainda mais suspeito.

Vídeos de câmeras de seguranças também flagraram a caminhonete dirigida por Mariano Filho na principal avenida do condomínio onde o ex-prefeito ‘Nenzim’ foi morto. Apesar das provas, ‘Júnior do Nenzim’ nega o crime.

Dias depois da morte do pai, Mariano Filho foi preso na casa de um amigo, em Barra do Corda. Segundo a polícia, o assassinato do ex-prefeito ‘Nenzim’ teria tido como motivação o roubo de várias cabeças de gado de sua propriedade em Barra do Corda. Mariano Filho estaria devendo agiotas e teria vendido as cabeças de gado da fazenda do seu pai para o pagamento dessas dívidas.

Quase dois anos depois, Júnior do Nenzim foi solto após ter sido concedido um habeas corpus e precisou cumprir medidas cautelares em liberdade, com o uso de tornozeleira eletrônica, até o julgamento.

O Ministério Público do Maranhão (MPMA) pediu para que Mariano Filho não fosse julgado em Barra do Corda, mas em outra cidade, pois o suspeito possui muito apoio popular e político no município, o que poderia atrapalhar no julgamento. Por causa disso, o processo foi remetido ao Tribunal do Júri em São Luís, onde acontecerá o julgamento do crime.

De acordo com as investigações da Polícia Civil, no dia do crime, Júnior do Nenzim era a única pessoa que estava com o pai. Informações iniciais apontavam a presença de dois homens em uma moto como possíveis assassinos do ex-prefeito, mas a versão foi negada após a realização de laudos periciais.

Mais de 20 testemunhas foram ouvidas. Após a finalização do inquérito, ‘Júnior do Nenzim’ foi denunciado pelo Ministério Público do Maranhão (MPMA) por homicídio qualificado.