Mais de 100 médicos do programa ‘Mais Médicos’ chegam ao MA
Cinco meses após a saída dos médicos cubanos do Brasil, 107 médicos brasileiros que se formaram no exterior chegaram ao Maranhão na quinta-feira (28) para trabalhar. O número de médicos que chegaram representa apenas 25% dos profissionais cubanos do programa “Mais Médicos” que atuavam nos municípios maranhenses.
Ao todo, 471 cubanos foram embora de 167 municípios maranhenses em novembro de 2018 após declarações feitas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro. Os médicos vão integrar as equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF), que vão atuar em 63 municípios.
Todos vão para o interior do Maranhão, mas antes passaram por um curso de nivelação em Brasília para então seguirem até as cidades onde vão trabalhar. Eles vão cumprir 40 horas semanais, sendo 32 horas de atendimento presencial e oito dedicadas a curso de especialização à distância.
De acordo com a chefe de Departamento de Atenção à Saúde da Família da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Ana Carolina Fernandes, os médicos contarão com o apoio de tutores da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). “É um momento também de educação permanente. Eles terão apoios dos tutores da UFMA que farão uma visita mensalmente para realizar essa competência de educação permanente com os médicos”, explicou.
Segundo o secretário de Saúde do Estado, Carlos Lula, há uma grande quantidade de médicos formados em outros países querendo ingressar no programa. “Nós temos um grande número de médicos formados em outros países que querem ingressar no programa. Há esse edital que a gente pediu com pressa para o Ministério da Saúde nessa reposição porque quem está sentindo falta disso é a população”, afirmou.
O baiano Abimael Cruz se formou em medicina na Argentina e vai trabalhar em uma comunidade indígena, em Bom Jesus das Selvas, a 465 km de São Luís. Ele não conhecia o Maranhão, mas está ciente do desafio que tem pela frente.
“Segundo os últimos levantamentos epidemiológicos nós estamos na expectativa de atender muitos casos de malária e tuberculose, mas estamos preparados para combater isso e melhorar o índice do estado”, contou Abimael Cruz.