O Governo do Estado e a gestão municipal de Chapadinha vão intensificar as ações de controle da raiva humana. O reforço ao trabalho é motivado pelo registro de um caso de uma criança de dois anos, do Povoado de Santa Rita, em Chapadinha, com histórico de mordedura por um animal silvestre.
O caso foi confirmado, no dia 6 de outubro, pelo Instituto Pasteur e é o primeiro registrado no Maranhão nos últimos oito anos.
O paciente encontra-se internado na UTI em um hospital público de São Luís em estado grave, acompanhado por equipe médica na unidade de internação e recebendo o tratamento preconizado pelo Ministério da Saúde. Por meio de boletim diário emitido pelo Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE), o caso segue em acompanhamento da equipe da Vigilância Epidemiológica do estado e município de São Luís.
Prevenção e sintomas
O vírus da raiva humana é do gênero Lyssavirus, da família Rhabdoviridae. A transmissão ocorre pela inoculação do vírus contido na saliva do animal infectado, principalmente pela mordedura e, mais raramente, pela arranhadura e/ou lambedura de mucosas. O vírus penetra no organismo, multiplica-se no ponto de inoculação, atinge o sistema nervoso periférico e, posteriormente, o sistema nervoso central.
No caso de agressão por parte de algum animal, a assistência médica deve ser procurada o mais rápido possível. Quanto ao ferimento, deve-se lavar abundantemente com água e sabão e aplicar produto antisséptico.
O esquema de profilaxia da raiva humana deve ser prescrito pelo médico, que avaliará o caso indicando a aplicação de vacina e/ou soro. Nos casos de agressão por cães e gatos, quando possível, observar o animal por 10 dias para ver se ele manifesta doença ou morre.
A vacinação anual de cães e gatos é eficaz na prevenção da raiva nesses animais, o que consequentemente previne também a raiva humana.
Para animais silvestres não há vacinação, por isso o indicado é nunca tocar em morcegos ou outros animais silvestres diretamente, principalmente quando estiverem caídos no chão ou encontrados em situações não habituais. Em geral, os sintomas da doença são alterações de comportamento – confusão mental, desorientação, agressividade, alucinações; espasmos ao sentir água ou vento – hidrofobia; mal-estar geral; aumento de temperatura; náuseas; dor de garganta; entre outros.