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Maranhão

Maranhão mantém maior taxa do país de trabalhadores sem carteira assinada

Junior Castro

Maranhão mantém maior taxa do país de trabalhadores sem carteira assinadaFoto: Reprodução

O Estado do Maranhão se manteve com a maior taxa de trabalhadores sem carteira assinada do país no primeiro trimestre de 2019, com 49,7. O percentual caiu 0,3% em comparação ao último trimestre de 2018, quando Maranhão já estava na liderança do ranking nacional.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Logo atrás do Maranhão estão os estados do Piauí (47,5%) e do Pará (47%).

“Vivemos um período de recessão forte e uma recuperação muito pequena nos anos de 2017 e 2018 e, lamentavelmente, neste primeiro trimestre houve novamente um recuo que já aponta para uma grande preocupação. O Maranhão, quando a gente distribui a população ocupada por atividade econômica, ainda tem um contingente significativo de pessoas que estão no campo, e no campo nós temos um grande contingente de pessoas que trabalham por conta própria. Esse contingente, na grande maioria, não tem registro no CNPJ”, declarou o tecnologista de informações do IBGE, José Reinaldo Barros.

Posicionamento do Governo

Em nota, o Governo do Maranhão informou que os dados do IBGE mostra a estagnação da economia do país e que o reflexo da crise na economia já havia sido percebido na taxa de desempregados, de acordo com os dados divulgados em abril pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).

Ainda segundo o governo, em relação à empregabilidade, os dados do CAGED mostram que o saldo negativo afetou 19 das 27 unidades da Federação, sendo São Paulo e Rio de Janeiro as unidades que mais desempregaram, e o Maranhão não está fora desse contexto.

Para o governo, com lançamento do novo edital em maio, o programa Mutirão Rua Digna será ampliado e deve chegar em 30 municípios que integram o Plano Mais IDH, além de ampliar os projetos na Grande Ilha de São Luís, que é onde se encontra o maior índice de desemprego da construção civil. Já o programa Mais Emprego Digno, com previsão de lançamento também em maio, vai gerar 1.300 novos empregos. Além disso, o Governo do Estado diz que tem ampliado o encaminhamento de trabalhadores ao mercado de trabalho por meio do Sistema Nacional de Empregos no Maranhão. Apenas no mês de março e abril, mais de 300 pessoas teriam sido encaminhadas e estão de volta ao mercado, de forma regular.