Maranhense é preso acusado de aplicar golpe de R$ 50 milhões usando pirâmide financeira
A Polícia Civil prendeu nesta quinta-feira(10), no Rio de Janeiro, um empresário do Maranhão apontado como chefe de uma quadrilha que aplicava golpes em servidores públicos, militares e aposentados.
O esquema envolvia promessas de altos ganhos em aplicações que não existiam. As vítimas eram orientadas a contrair empréstimos em bancos ou instituições de crédito regulares e repassar esse valor à quadrilha. O dinheiro, porém, afirma a polícia, era gasto em viagens e jamais retornava. A Justiça também determinou o bloqueio de R$ 50 milhões dos suspeitos.
Roniel Cardoso dos Santos que é do Maranhão, foi preso em uma de suas casas, no Anil, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio. Com ele a polícia encontrou dinheiro em espécie.
A Polícia Civil cumpriu 14 mandados judiciais no Maranhão entre busca e apreensão e prisão, nas cidade de Zé Doca, São João do Caru e Bom Jardim durante a Operação Queóps (faraó egípcio famoso pela falta de piedade). Ao todo, foram seis mandados de prisão temporária e 36 de busca e apreensão nos quatro estados; Maranhão, Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília.
Segundo a investigação, o bando que Roniel integra é suspeito de cometer ao menos quatro modalidades de crimes: associação criminosa, estelionato, crime contra a ordem econômica e relações de consumo e lavagem de dinheiro. O grupo criminoso é suspeito de conduzir um esquema conhecido como “pirâmide”.
No Maranhão, Charleylson Bezerra da Silva foi preso em Zé Doca. No momento da abordagem, uma arma de fogo foi encontrada com Charleylson.
A ação no Maranhão foi coordenada pela Superintendência de Polícia Civil do Interior (SPCI) com o apoio da Superintendência de Polícia Civil da Capital (SPCC).
Segundo consta na investigação, a quadrilha escolhia servidores públicos e as vezes outro tipo de vítima para que contraíssem empréstimos consignados. Depois, sugeriam às vítimas que aplicassem o dinheiro em investimentos fictícios. A quadrilha prometia ganhos enormes que fugiam da realidade do mercado.
Nos primeiros meses, o grupo repassava pequenos valores às vítimas como “retorno” dos investimentos fictícios. Depois de alguns meses, as vítimas eram lesadas financeiramente. Um das forma usadas pelos investigados para atrair as vítimas, segundo a polícia, eram com fotos de ostentação e em suas empresas que passavam a certeza de ganhos.
Ainda de acordo com as investigações, o grupo também planejava se fortalecer politicamente no Maranhão. Parte do dinheiro do golpe era investido no lançamento de candidaturas a cargos eletivos, com a finalidade de se beneficiar financeiramente e dar respaldo e imunidade à quadrilha.