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Maranhenses procuram Embaixada da Ucrânia para ir à guerra

A invasão da Rússia à Ucrânia tem atraído atenção de brasileiros que dizem querer participar do conflito lutando ao lado das forças de segurança ucranianas. A maioria dos que buscam informações sobre como lutar contra os russos é composta por homens aparentemente jovens e de estados distintos como o Maranhão, São Paulo e Paraná.

A própria Embaixada da Ucrânia em Brasília, confirmou a  BBC News Brasil, que vem sendo contatada por cidadãos do Brasil, entre eles do Maranhão, querendo lutar ao lado dos ucranianos.

Na internet, eles buscam informações em grupos no Facebook e recebem orientações sobre como se alistar usando grupos de WhatsApp e Telegram.

Foi em um grupo de brasileiros na Ucrânia no Facebook que um homem de 29 anos de idade do interior do Maranhão passou a procurar formas sobre como participar da luta contra os russos.

Bruno (nome fictício usado a pedido dele) diz que acompanha a situação da Ucrânia com atenção há alguns meses. Nas últimas semanas, começou a buscar informações sobre como poderia se alistar.

Ele diz acreditar que seu treinamento com armas pode ser útil na Ucrânia, embora reconheça que a situação no país europeu requer mais condicionamento.

Segundo ele, os principais motivos que o levam a querer ir para a Ucrânia são a paixão que ele tem por assuntos militares e o que ele classificou como “sede de aventura”.

“Eu sempre gostei do meio militar. No Brasil, infelizmente, eu não consegui servir ao Exército, mas agora, pretendo me alistar no exército da Ucrânia. É uma sede de aventura. Quero viver esse momento ao lado dos ucranianos”, disse.

Bruno diz que, nos grupos de WhatsApp e Telegram, entrou em contato com ucranianos que repassam informações sobre a situação do conflito e como entrar no país. A comunicação é feita, quase sempre, por meio de tradutores eletrônicos de idiomas.

Segundo ele, o único empecilho para a sua ida, neste momento, é o preço das passagens para a Polônia, país que faz fronteira com a Ucrânia e que tem sido o principal ponto logístico para a organização da legião autorizada por Zelensky.

“Não dá pra chegar de avião na Ucrânia. Tem que ir até a Polônia e depois atravessar a fronteira. A única coisa que me parou até o momento é o preço das passagens. Mas assim que eu tiver, eu vou”, afirmou.

Bruno diz que não tem medo de morrer. “Todo mundo vai morrer um dia. Eu não tenho medo de morrer lá, no confronto. Tenho só medo de quem vai ficar pra trás, a minha família”, afirmou.

 

 

 

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