Com a pandemia de Covid-19, inúmeras atividades precisaram ser suspensas pelo risco de infecção pela doença, dentre elas, as aulas em escolas da rede municipal, estadual e privada de ensino de todo o Maranhão.
Sem as aulas, o aprendizado de muitas crianças ficou comprometido. Entretanto, a pequena Érika Leal, de 12 anos, teve uma ideia que mudou a realidade de uma comunidade localizada na zona rural de Coelho Neto, cidade a 385 km de São Luís. Ela decidiu abrir uma escolinha. As informações são do JMTV.

Tudo começou em maio do ano passado, após uma brincadeira com os colegas. Devido ao clima seco e quente do município que deixava as brincadeiras na rua bem mais cansativas, Érika deu a ideia.

“A pandemia chegou e teve a doença e aí, a gente parou de estudar. Nós brincávamos de tarde e era divertido, só que o sol era muito quente, e eu falei assim ‘Em vez da gente brincar disso, vamos brincar de escolinha?’. Eu fui e fiz e virei professora”, disse.

Érika montou uma turma com 20 alunos de diferentes idades e séries. A escola começou a funcionar em uma casa de barro na comunidade, mas logo os alunos precisaram sair do local, após o dono não gostar da ideia.

A menina não desistiu da ideia. Pediu à mãe um espaço ao lado da casa dela para colocar os alunos e assim, a chamada ‘Escolinha da Esperança’ foi aberta novamente.

Do jeito dela, a menina ensinava aos colegas a ler e escrever. Parte do material usado nas aulas era recolhido pela mãe de Érika, a catadora de lixo Maria Donizete Leal, de 60 anos. Os livros, cadernos e materiais escolares eram retirados do lixão da cidade, onde a mãe da menina tira o sustento da família.