A 1ª Promotoria de Justiça de Porto Franco instaurou, nesta segunda-feira (7) um procedimento para apurar as causas da morte do jovem Luís Carlos Almeida, de 19 anos, ocorrida na última sexta-feira (4). O rapaz se atirou no Rio Tocantins, no munícipio de Porto Franco, após um surto psicótico.
O caso será analisado através de provas como vídeos e depoimentos da família. “Nesse primeiro momento tomei o cuidado de identificar todas as possíveis provas sobre o caso, como vídeos, informações sobre o seu estado de saúde (se era atendido pelo CAPS) e a situação familiar. Também vou entrar em contato com os familiares para que possam ter conhecimento e acesso a direitos em razão do caso”, disse o promotor de justiça Eduardo André Lopes. A investigação foi aberta pelo promotor de justiça Eduardo André de Aguiar Lopes.
Suspeita de negligência
Na última sexta-feira (04), Luís Carlos Almeida teria saído de casa após um surto psicótico, caracterizado como episódio de desorganização e confusão mental, e andado cerca de 2 KM sem roupas antes de se jogar no Rio Tocantins. Segundo familiares do jovem, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) havia acompanhado a situação e se omitiu a prestar socorro.
A PRF nega a omissão de socorro e afirma que uma equipe que estava de plantão na BR-010 e tentou prestar auxílio ao rapaz, que negou a ajuda.
Segundo a PRF, os policiais fizeram “batedor” para resguardar a integridade física do jovem, porém Luís Carlos teria entrado em uma área particular e não foi mais visto. A PRF afirma que chegou a fazer algumas buscas a pé, mas não conseguiu localizar o jovem.
O corpo de Luís Carlos só foi encontrado na tarde de sábado (5).
Direitos Humanos
A Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop) do Maranhão emitiu uma nota após a repercussão e informou que está acompanhando o caso através da coordenação Estadual da Política LGBT, da Ouvidoria de Direitos Humanos, Igualdade Racial e Juventude e da Superintendência de Combate à Violência Institucional (SCVI).