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Maranhão

PF faz operação em São Luís contra barbearia usada como empresa fachada no Piauí

Redação

PF faz operação em São Luís contra barbearia usada como empresa fachada no Piauí

A Polícia Federal realizou, nesta terça-feira (12), a Operação Mustache (bigode em inglês), em uma investigação de desvio de recursos públicos federais, estimados em R$ 10 milhões, destinados à Saúde e Educação em nove municípios do Piauí e do Maranhão.

Em São Luís, policiais cumprem um mandado de busca e apreensão por participação em um esquema criminoso que usava endereços de barbearia em Teresina, no Piauí, para o registro de “empresas de fachada”.

Ao todo, são 34 mandados de busca e apreensão e 12 mandados de sequestro de bens e valores em endereços vinculados aos investigados, entre eles nove órgãos públicos municipais, além de residências e empresas vencedoras de licitações. As ordens judiciais foram expedidas pela 1ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Piauí.

Segundo a Polícia Federal, o objetivo da ação é interromper a prática criminosa, coletar provas para reforçar a tese investigativa e identificar outros servidores públicos ou particulares envolvidos no esquema, assim como recuperar bens e ativos adquiridos com os recursos desviados da Saúde e Educação.

Indícios de fraudes em licitação, superfaturamento e lavagem de dinheiro

O inquérito policial apura crimes licitatórios, crimes contra a administração pública, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

A investigação teve início a partir dos resultados de auditoria interna da CGU, constatando a existência de indícios de fraude e direcionamento das contratações em benefício do grupo de empresas que se sagravam vencedoras das disputas públicas.

Na sequência, foi identificado o superfaturamento por sobrepreço e por quantidade, em razão de emissão de notas fiscais com quantidades de produtos superiores às efetivamente entregues, ou venda de “notas fiscais frias”, quando é feito o pagamento dos impostos, porém sem entrega de produtos.

Apurou-se ainda que há irregularidades em contratos e aditivos celebrados pelos entes com as empresas investigadas, que ensejou o sequestro de bens e valores dos investigados de mais de R$ 10 milhões.