PF indicia ministro Juscelino Filho por corrupção e caso vai parar no gabinete de Flávio Dino no STF
A Polícia Federal decidiu indiciar o ministro das Comunicações Juscelino Filho (União Brasil) depois de concluir que ele praticou os crimes de corrupção passiva, fraude em licitações e organização criminosa quando era deputado federal pelo Maranhão. O relatório enviado nesta quarta-feira (12) pela PF, ao Supremo Tribunal Federal (STF). O caso, sigiloso, tramita na Corte sob a relatoria do ministro Flávio Dino.
O ministro é suspeito de participar de um esquema de desvio de emendas parlamentares em 2022. Os recursos (R$ 7,5 milhões) teriam sido enviados via Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) para a pavimentação de ruas na cidade de Vitorino Freire. A irmã do ministro, Luanna Rezende, é a prefeita.
A empresa contratada pelo município para fazer a obra foi a Construservice, de um amigo de Juscelino, o empresário Eduardo José Barros Costa, conhecido como Eduardo Imperador.
Ele foi preso acusado de pagar propina a funcionários federais para obter obras em Vitorino Freire e de ser sócio oculto da construtora.
A PF deflagrou a operação em setembro de 2023. Juscelino filho foi intimado a depor no caso do desvio das emendas no fim de abril.