Polícia Federal faz operação para prender CACs que não recadastraram armas, diz Flávio Dino
O ex-governador do Maranhão e ministro da Justiça, Flávio Dino, informou nesta quinta-feira (4) em uma rede social que a Polícia Federal está cumprindo mandados de prisão contra CACs (caçadores, atiradores e colecionadores).
De acordo com ele, os alvos são pessoas que não preenchem requisitos legais de idoneidade para ter armas de fogo. Armas estão sendo apreendidas, afirmou o titular da Justiça.
A Operação Day After é realizada em todo o país. Os agentes cumprem mandados de prisão preventiva, temporária e definitiva.
Além da apreensão de armamentos, estão sendo recolhidos documentos que podem embasar processos de cassação de porte ou registro de arma de fogo pela PF, além de comunicação ao Exército Brasileiro, para retirar autorizações concedidas aos CACs.
Um dos requisitos para se obter posse/porte de arma de fogo é a idoneidade.
Se a pessoa responde a qualquer procedimento criminal ou civil (no caso de dívida por não pagamento de pensão alimentícia), ela não atende a exigência.
Foram identificadas pessoas com mandados de prisão em aberto, seja por cometimento de crimes ou não pagamento de pensão alimentícia. Elas são os alvos das prisões desta quinta.
A PF informou que 942.001 armas de CACs foram cadastradas no banco de dados do órgão, o Sinarm (Sistema Nacional de Armas), até esta quarta-feira (3) —último dia do prazo dado pelo governo federal para que esse registro fosse realizado.
Isso equivale a 99% do total de armas que precisavam ser recadastradas.
Em fevereiro, a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) havia determinado que as armas de CACs adquiridas a partir de maio de 2019 deveriam ser registradas na Polícia Federal em até 60 dias. Até então, elas ficavam cadastradas no banco do Exército.