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Imperatriz

Presidente da Câmara de Imperatriz pode ter pago mais de R$ 100 mil para empresa em nome de “laranja”

Redação

Presidente da Câmara de Imperatriz pode ter pago mais de R$ 100 mil para empresa em nome de “laranja”

O vereador e presidente da Câmara de Imperatriz, Alberto Sousa (PDT), é suspeito de contratar uma empresa em nome de uma suposta laranja. Trata-se da empresa Paris Empreendimentos, que de acordo com dados da Receita Federal, foi aberta em 2018, com endereço na Rua Quatro, Nº 06, no bairro Cidade Nova em Davinópolis (MA).

Apesar de ter como atividade principal, obras de terraplanagem, a empresa recebeu no último ano, mais de R$ 100 mil, pagos pelo presidente Alberto Sousa, para o fornecimento de material gráfico e material e expediente. Ao todo, foram cinco ordens de pagamento que totalizam o valor de R$ 102.930,40 (VEJA AQUI OS VALORES PAGOS). Em uma rápida busca, a nossa reportagem encontrou uma Proposta de Preço para recuperação de estradas vicinais, apresentada pela empresa Paris Empreendimentos, ao município de Buritirana, e bem diferente do serviço prestado ao legislativo da segunda maior cidade do Maranhão.

Proposta de preço apresentada pela empresa Paris para recuperação de estradas vicinais em Buritirana

A nossa reportagem esteve na sede da empresa Paris Empreendimentos, gravando parte de uma reportagem que vai ao ar no próximo mês, mostrando diversas empresas suspeitas que fecharam contratos com a Câmara Municipal de Imperatriz, nos últimos anos durante a gestão de Alberto Sousa. Segundo depoimentos de vizinhos, a sede da empresa na qual a Câmara fechou os contratos, encontra-se cercada por um matagal, não funciona e raramente é visto alguém no local, apontando para uma “empresa de fachada”.

Sede da empresa Paris Empreendimentos fechada em um dia útil da semana

Outro fato que chama atenção, é a sócia da empresa, a jovem enfermeira Elizânia da Silva Bandeira, amiga de Alberto, que foi nomeada pela Prefeitura de Imperatriz como coordenadora do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST). Diante dos indícios, fica a suspeita que a empresa, possa ter sido usada para fornecimento de serviços “fantasmas”, ou seja, venda de notas frias. Veja abaixo imagens do local.