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Maranhão

Professora agredida por PM tem medida protetiva negada pela Justiça no Maranhão

Redação

Professora agredida por PM tem medida protetiva negada pela Justiça no Maranhão

A professora agredida por um policial militar durante uma abordagem em São Luís, solicitou uma medida protetiva contra os agentes envolvidos, mas esta foi negada pela Justiça, que entendeu que o caso não se enquadra como violência doméstica.

Na segunda-feira (18), a vítima recebeu uma visita de apoio da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil do Maranhão (OAB-MA). Durante o encontro, ficou decidido que uma ação indenizatória contra o estado será aberta.

Os representantes da comissão destacaram que essa foi a primeira visita de apoio que a vítima recebeu desde que foi agredida. O suspeito, identificado como Getúlio Protásio Vasconcelos, foi flagrado pelas câmeras de segurança desferindo vários golpes na vítima, que chegou a cair na calçada após um soco no rosto.

Após o incidente, a professora registrou duas denúncias contra o policial pela violência sofrida, uma na Casa da Mulher Brasileira e outra em uma delegacia do bairro onde reside. A advogada Laura Machado, integrante da comissão, afirmou: “Nesse caso, a Comissão de Direitos Humanos entrará em contato com a Secretaria de Direitos Humanos do Maranhão (Sedihpop) para incluí-la no programa de proteção às vítimas de violência”.

Entenda o caso

Uma professora, que não teve a identidade divulgada, foi agredida durante uma abordagem policial no bairro Cruzeiro de Santa Barbara, em São Luís. O caso ocorreu no dia 7 de fevereiro.

A professora estava na companhia do esposo e alguns amigos que retornavam de um pescaria, quando foram abordados por policiais da Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (ROTAM) que deram ordem de parada ao marido dela alegando que ele estava em alta velocidade e que por conta disso ele iria ser preso.

A professora decidiu gravar a cena, alegando que os policiais agiram de forma grosseira. Um dos policiais se aproxima da professora e grita pedindo para parar de gravar. Assustada, ela pede por socorro, quando é agredida com dois tapas. A professora ainda cai no chão por conta da agressão.