Dos 309 cursos de medicina avaliados pelo Ministério da Educação (MEC) em todo Brasil, apenas seis conquistaram a nota máxima (5) no Conceito Preliminar de Curso (CPC) — um dos principais indicadores de qualidade do ensino superior no país.
Os dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pela avaliação.
No Maranhão, três universidades que oferecem o curso de medicina foram avaliadas com notas consideradas insatisfatórias pelo Ministério da Educação (MEC), acendendo um alerta para a qualidade da formação médica no estado.
A Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), campus de Caxias, obteve nota 1, o menor índice possível na escala, enquanto o UniCeuma, em São Luís, e a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), campus de Pinheiro, receberam nota 2, também classificada como insatisfatória.
A nota varia de 1 a 5 para os cursos de graduação, sendo que 1 e 2 são consideradas insatisfatórias ou insuficientes; 3, regular; e 4 e 5, satisfatórias.
O CPC é calculado no ano seguinte à realização do Enade e serve como base para o Conceito de Curso (CC), que é o indicador oficial utilizado pelo MEC para o recredenciamento das graduações. Quando um curso recebe nota 1 ou 2, ele entra automaticamente em processo de supervisão, com a previsão de uma visita in loco realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Após essa visita, será definido o Conceito de Curso (CC) definitivo. Caso a avaliação continue insatisfatória, a instituição será obrigada a firmar um termo de compromisso com o MEC, estabelecendo um prazo de até um ano para corrigir as fragilidades apontadas. Se as melhorias não forem comprovadas nesse período, o curso poderá sofrer medidas mais severas, como suspensão de novas vagas, congelamento de matrículas ou até a extinção da graduação.