Trump anuncia que filho de Bin Laden está morto
O governo do presidente americano Donald Trump confirmou neste sábado (14) que o filho de Osama bin Laden, Hamza bin Laden, morreu em uma operação de contraterrorismo norte-americana.
A Casa Branca disse em comunicado que a operação militar responsável pelo ataque aconteceu na região do Afeganistão e Paquistão, no Oriente Médio. Segundo a nota divulgada, “a perda de Hamza bin Laden não apenas priva a Al Qaeda de uma liderança importante e da conexão simbólica com seu pai, mas mina atividades operacionais importantes do grupo”.
Ainda foram divulgados maiores detalhes sobre quando exatamente a morte aconteceu.
Desde o final de julho, fontes do governo americano levantavam suspeitas de que Hamza, tido como herdeiro do pai na liderança da Al Qaeda, já teria sido morto, mas não havia confirmação definitiva.
Em fevereiro deste ano, o Departamento de Estado anunciou uma recompensa de US$ 1 milhão por informações sobre seu paradeiro —em um momento em que, segundo aquelas fontes, Hamza talvez já estivesse morto.
A organização terrorista tem sofrido seguidos golpes nos últimos anos, com fileiras esvaziadas por ataques antiterroristas americanos e perda de quadros para o Estado Islâmico —grupo terrorista com mais facilidade de atrair jovens, pela produção de vídeos bem filmados e lideranças mais enérgicas.
Hamza, que tinha ao redor de 30 anos, era visto como um possível renovador da organização terrorista, em contraposição a lideranças mais velhas como Ayman al-Zawahri. Analistas acreditam que, pelo menos ao menos um ano antes da morte de Osama bin Laden, a Al Qaeda já preparava secretamente seu filho para assumir a organização.
Ele, que era o 15º de 20 filhos de Osama, se casou com a filha de um de seus principais aliados para formar o seguimento da organização.
O pai, que fundou a Al Qaeda e foi o principal responsável pelos atentados de 11 de setembro de 2001, foi assassinado em 2011 em uma operação ordenada pela gestão Barack Obama no esconderijo onde estava, no Paquistão.
O filho prometia, em áudios captados anos depois da morte, vingar-se dos EUA pelo assassinato do pai e continuar as investidas do grupo terrorista. Em agosto de 2015, Hamza foi apresentado pela organização como um “jovem leão para levar adiante a casa”, mas suas mensagens regulares deixaram de ser distribuídas pela Al Qaeda há meses, embora um artigo atribuído a ele tenha sido publicado em maio.
Folha de S.Paulo