UFMA abre sindicância para investigar dança erótica em palestra: “Educando com o c*”
A Universidade Federal do Maranhão (UFMA) anunciou nessa segunda-feira (21), pelas suas redes sociais, a abertura de uma sindicância investigativa, por meio da Portaria GR nº 1208/2024, para investigar os acontecimentos de um evento realizado no Centro de Ciências Humanas. Durante o evento, a historiadora Tertuliana Lustosa apresentou uma pesquisa seguida de uma dança erótica, considerada inadequada para o contexto acadêmico.
A instituição informou que já oficiou a Procuradoria Federal junto à UFMA (AGU), para que sejam adotadas as medidas judiciais cabíveis, a fim de proteger a imagem da universidade, que foi prejudicada pelos fatos ocorridos.
Foram atualizados os procedimentos para a realização de eventos em suas dependências, através da Resolução nº 331-CONSAD, de 21 de outubro de 2024. Além disso, os eventos organizados pelo programa e pelo grupo de pesquisa envolvidos foram suspensos até a conclusão da sindicância.
A universidade ressaltou que os recursos da instituição não foram utilizados para a realização do evento, que foi financiado pelo Programa de Apoio a Eventos no País (PAEP), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
Em nota, a UFMA destacou sua relevância no cenário científico nacional e internacional, sendo a maior produtora científica do Maranhão e a 13ª universidade brasileira no depósito de patentes.
A instituição reforçou que repudia veementemente qualquer ato que desrespeite os valores e princípios que a guiam, afirmando que um evento isolado não apaga sua contribuição ao desenvolvimento científico e tecnológico do país.
PGR
Na última sexta-feira (18), o deputado federal Nikolas Ferreira (PL) acionou a Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigar a performance erótica. O parlamentar quer que sejam apurados possíveis crimes ocorridos durante o evento.
O deputado também solicitou informações à UFMA sobre o grupo de pesquisas responsável pela realização do encontro. Nikolas afirma que eles podem ser exonerados dos cargos caso sejam flagrados em conivência com o incidente. O caso, de acordo com o parlamentar, será pautado na Comissão de Educação da Câmara.